Esses dias atrás, foi proposto para nós, alunos de Teologia, falar um pouco sobre um assunto muito especial: O Cristo Cósmico.
Cósmi... o que? Isso mesmo! Cristo Cósmico hahaha
Por ser um assunto pouco falado, e tão importante de se conhecer resolvi trazer este trabalho que fizemos, falando um pouco sobre a grandiosa obra efetuada por meio de Cristo!
A queda do homem, permitindo o pecado, afetou toda a criação, não apenas os homens. E dessa forma também, a obra de Cristo está muito além da salvação humana que, por sua vez, foi maravilhosa e efetuada completamente, mas abrange toda criação, todo o cosmos!
Bom, vamos lá...
Toda narrativa do Antigo Testamento converge
ao Cristo, isso porque Ele é a figura central de toda Escritura, pensando assim,
Isaltino Gomes afirma: “A Obra de Cristo é de reconstruir tudo e reconciliar o
homem com Deus, com o próximo e com o Universo. Por isso, sua obra é cósmica”
(REGA, 2009). Com base nesta afirmativa, a proposta do texto é justificar a necessidade do Cristo
cósmico de forma harmônica com a criação, queda e o papel da igreja visto desde
Abraão.
“Porque nele foram criadas todas as
coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam
dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para
ele.
E ele é antes de todas as coisas, e todas
as coisas subsistem por ele.”
(Colossenses
1:16-17)
O apóstolo Paulo, ao
escrever à Igreja de Colossos sobre Cristo e sua obra redentora, nos retrata a
supremacia deste sobre tudo o que existe. Esta passagem, portanto, afirma com
preeminência que Jesus Cristo criou todas as coisas, e as sustenta até os dias
de hoje. Tudo o que fora criado por Ele, também fora criado para Ele. Possuindo
assim, o domínio sobre tudo o que existe.
Entretanto, não apenas esta
passagem, mas veemente e constantemente as Escrituras nos apresentam Jesus
Cristo de forma muito profunda e impressionante. Sua obra não fora somente para
a salvação dos homens que, por sua vez, faz com toda excelência, mas, como
afirma a citação de Rega (2009) que vimos, é reconstruir tudo aquilo que criou,
e reconciliar o homem com Deus, com o seu próximo, e também com o Universo.
Paulo trata a respeito desta
verdade com profunda excelência, anunciando que tudo existiu em Cristo e
terminará Nele, apresentando-nos que Deus, conforme o conselho de Sua vontade,
decidiu congregar em Cristo todas as coisas, tanto as do céu, como da terra
(Ef. 1:10). Isto, portanto, nos mostra que a obra de Cristo se estende a uma
dimensão muito maior, além do ser humano, uma obra que chamamos de cósmica.
Cristo é, desta maneira, o Cristo Cósmico.
Porém, para pensarmos na
obra de Cristo como uma obra cósmica, além do espaço humano, necessitamos obter
o conhecimento do que é o cosmo, ou cosmos (kosmos,
no grego). A sua significação está além de Universal, e buscando, portanto, no
conceito grego apresentado pelo autor e filósofo Marcondes (2001) mesmo que
este (o cosmos) seja universal, seu significado é de ordem, harmonia, e até
mesmo de beleza, esta que se origina da harmonia. É a organização de todos os
seres, desde os visíveis, até os que não podem ser vistos. É também a ordem
racional, os princípios, a razão que rege o Universo, organizando toda esta
realidade.
Dessa forma, ao entendermos
o Cristo Cósmico como nos apresenta as Escrituras, compreenderemos que Ele é
este princípio que rege todas as coisas existentes, visíveis ou invisíveis (Cl.
1:16), Ele é o Ser que põe em ordem, em harmonia, em organização todas as
coisas existentes, estas que Ele mesmo criou. Por isso, sua obra é cósmica. Seu
objetivo vai além da salvação dos homens, como dissemos, mas a reconstruir,
redimir todo o Universo, sendo, como diz Rega (2009, p.133), o Salvador do
cosmos, pois “[...] se alguém está em Cristo, é nova criação.” (II Cor. 5:17).
O Universo foi totalmente
devastado pela queda, esta arruinou não só aos homens, mas a tudo o que fora
criado por Deus, sendo que a criação sofre e geme com dores de parto,
aguardando com expectativa a manifestação dos filhos de Deus (Rm 8:19,22).
Então, assim como o pecado foi universal, a obra de Cristo é universal e
imensamente mais poderosa para reconstituir e redimir tudo o que existe por
meio da Santa Trindade, em um ato de sabedoria e amor.
Entendemos assim, que a
reflexão da Igreja de Cristo deve ser muito mais ampla, sua missão deve ser
aperfeiçoada, baseando-se em uma missão cósmica, abrangente, em toda criatura. O
real entendimento do Cristo Cósmico traria transformações na Igreja. Os homens
veriam a Deus por meio das manifestações dos filhos de Deus com a criação. Este
cuidado com os homens e com a natureza, não de destruição, mas de domínio que
leva a servidão, refletiria o amor com o Criador, e a missão salvífica da
Igreja possuiria excelentes resultados.
Ao realizar estas
considerações, podemos compreender, portanto, que o papel da Igreja, – chamada
em Abraão (“em ti serão benditas todas as nações da terra”), e edificada
plenamente como nova criação em Cristo – é cósmico, assim como nosso Cristo é
cósmico. Se o fim do homem é glorificar a Deus, que o glorifique tanto com seu
Ser como em obras, pregando e vivendo um Evangelho integral e cosmológico, pois
esta é a vontade divina, segundo as Escrituras, aos homens.
Que possa ter sido uma benção em sua vida! :)
Deus abençoe amados!
Deus abençoe amados!
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